Sopro dos ventos

Em que direção sopra agora o vento?

Assim procede o meu alado coração.

Como companheiros ébrios à deriva,

Venturoso vento, sempre gentil me ajuda.

Éolo galantemente soberbo me sorri,

E me afaga o rosto se estou feliz.

Séfiro calmamente lúdico me acolhe,

E me leva sereno ao porto dos amores.

Aquilon gelidamente krio e invernal,

Socorre fria ação, quando quero o mal.

Vulturnus tempestosamente subsume,

Quando em lágrimas de dor me afogo.

Auster permeia quente farto e úmido,

Quando pressinto o ardor da paixão.

Éolo garbosamente me compele

Pelas costas, quando paro por receio.

Em minha direção sopra o vento,

Tal prana na vital vida de emoções.

Moro nas asas endeusadas dos ventos,

Más, sigo sempre, meu cúpido coração.

Cesar de Paula
Enviado por Cesar de Paula em 03/12/2021
Reeditado em 09/12/2021
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