LISBOA (Tera Sá e Zelda)

Lisboa tem luz própria Tera

E música no coração

Tem arroubos de gaivotas

E amores de mão em mão.

Lisboa é farol luzente Zelda

A conduzir o seu Tejo

Se este passa indiferente

Ela o sustenta num beijo.

Lisboa é brilho de pratas Tera

À cabeça das varinas

É a magia de um quadro

Com moldura de colinas.

Lisboa pulsa ao luar Zelda

A cada noite que passa

Numa dança a convocar

Todo o povo que lá passa.

Lisboa é langor de fado Tera

A passear-se nos pátios

É boémia sem pecado

É vício de tons sadios.

Lisboa é mulher vaidosa Zelda

Ergue-se nobre e altiva

Tem castelo é presunçosa

E a seus pés gente cativa

Lisboa tem privilégios Tera

De princesa em noite de baile

Quando se mira no Tejo

A ornar-se do seu xaile.

Lisboa é paixão conquista Zelda

Pássaro de fogo, condor

Quem por ela embala a vista

Nunca mais tem outro amor

Lisboa tem bater de asas Tera

De sonhos a cor pastel

É um jardim de mil casas

Onde mora alma fiel.

Lisboa é pouso de aves Zelda

Abrigo de almas carentes

Nos portos atracam naves

Tão iguais, tão diferentes.

Lisboa é alma de um povo Tera

Lisboa é jóia de coroa

Quem quer descobrir o Mundo

Tem que passar por Lisboa.

(Obrigada à Tera)