“Saudades” 1

Manhã fresca, brisa tocando meu rosto,

sinto n’alma um aperto que mais parece adeus,

perfume de flores inebriando meu recanto,

impregnando todo ar pela fragrância adocicada, leve,

deixando tontura gostosa de se sentir, olho ao redor,

nada vejo, não entendo o que meu pensamento

quer dizer, só sinto um adeus a envolver-me

pelo aroma da mensagem, sei, jamais irei esquecer,

impregnou dentro de mim, pássaros cantando me

faziam recordar a infância, me aquietei, deixei meu

coração ouvir aquela cançoneta que enchia meus

olhos de lágrimas, uma saudade sem explicação

fazia meu peito doer, me consumia sem que eu

entendesse o motivo, algo no ar... não sei dizer...

sinto adeus...quem...não compreendo...jamais irei

esquecer esta manhã de adeus, só restou uma grande

saudade, de algo...de alguém... mas quem?

(Graciela da Cunha e Marta Peres)

08/07/08