NA BAÍA ONDE EU APORTO

Esta noite vou mostrar, / No meu prazer de gozar,

O que de especial eu tenho. / Manifesto todo o empenho.

Como sou bela, / És uma estrela,

Sem precisar de abrir a boca. / Na minha paixão tão louca.

Podes vir e sentir o meu amor, / Exibindo o meu fulgor,

Que floresce nesta mata amarela. / No altar da tua capela.

Vem e torna-me mulher, / Presenteando-te com prazer,

Coloca flores neste jardim morto. / Na baía onde eu aporto.

Deita-te ao meu lado, / Com o dever bem traçado,

Saboreia o morango mergulhado nas natas. / Comendo o pitéu com que me tratas.

Acorda e deixa-te dormir, / O gozo tenho que fruir,

Sente o bater do meu coração. / Badalado na reacção.

Sabes como te quero, / Exiges todo o esmero,

Como a tua música me faz elevar. / No baile do amor a dançar.

Olho para os teus olhos, / Onde o brilho sai aos molhos,

Sei que nenhum dinheiro te compra. / Com todo o aparato e pompa.

Canta aquela música de embalar, / Para te enamorar,

Que me cantavas ontem. / Espero que as vozes contem.

Será que não vês? / De quando em vez,

Já não sou uma menina? / Na tua alma feminina.

Sou mulher e não tenho medo, / Pois também já não é cedo,

De mostrar tudo o que aprendi. / Para alcançar tudo de ti.

Vem que eu mostro, / E até aposto,

Como se deve beijar alguém. / Que te sei amar também.

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Mais uma bela parceria com o Mestre Zé Albano!

Muito obrigado Zé és um Senhor, um Cavalheiro, um Mestre!!

Bem hajas!!

Beijos de SOL, Isa.

Isabel Fontes
Enviado por Isabel Fontes em 14/08/2008
Reeditado em 16/08/2008
Código do texto: T1128236
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