Como um poeta. Sávio Assad & A* Sol

Como um poeta.

(Sávio Assad)

Sonho, os sonhos dos reis

esquecidos pelo tempo,

ignorados de suas vivencias

e apodrecidos nos calabouços.

Vivo, a cada instante um segundo,

cada momento uma lágrima perdida

que de tão amarga faz fluir os

pensamentos e me imaginar a voar.

Grito, no silêncio da noite, sem lua

para alcançar uma estrela perdida

a flutuar na imensidão do espaço

sombrio e tenebroso.

Me calo, juntando o sabor de seus lábios

na saliva de minha boca e mastigo o vazio

que de tão amargo, já não tem sabor e

me leva a caminhar sobre nuvens.

Sávio Assad

Niterói - RJ - setembro/2008

COMO UM POETA

*Marlene Constantino*

Sonho com lábios de nuvem

distante, desfeitos como fumaça

delineando um beijo; imagem

tão distorcida da realidade.

Choro lágrimas condensadas´

no céu d'um templo escondido

no sepulcro de eras, que se vão

perdidas no tempo e no espaço.

Busco o sinal, tatuado nas vagas,

rabiscado nas águas do meu ser.

E, no ventre fértil da mente, nem

sempre, se faz parto ou renascer.

Num silêncio aflito, me agarro

ao sagrado sabor de uma lágrima.

Escorre, contorna os meus lábios,

como se fosse o beijo do distante.

"Como poeta, retenho, sonho, transformo,

sou o universo vivo, de um traço livre".

SP.13/09/2008

ASOL*

Sávio Assad
Enviado por Sávio Assad em 13/09/2008
Reeditado em 13/09/2008
Código do texto: T1176292