Antonieta Elias Manzieri
&
Sandra Lúcia Seccon Perazzo
 
 
DESPEDIDA...

 ©Antonieta Elias Manzieri.



 
Quando eu disse adeus com a voz cálida
e minhas mãos estavam frias,
não entendeste o que te ocultava:
eu não podia te amar como querias 
 
 
Quando viste meu olhar na imensidão,
buscando ao longe divisar o infinito,
tentando desesperada ouvir tua voz na solidão,
tudo o que eu escutava, era meu próprio grito.
 
 
Quando olhaste nos meus olhos e percebeste
lágrimas escondidas em sorrisos disfarçados,
não eram de alegria, eram meus pesares
guardados por toda vida, que jamais te foram revelados.

 
Eram as cicatrizes que a vida em mim deixava,
indeléveis, que magoaram e fizeram sofrer.
E cada vez que nelas eu olhava ou tocava,
sangravam novamente, não me deixavam esquecer.

 
Ah...
Mas quando eu disse adeus e pensaste não fazer sentido,
achando que eram palavras pronunciadas,
nada mais

há muito eu já havia partido sem que tivesses percebido.
E por mais que procures não me encontrarás jamais.

 
03 de julho de 2004.
20h 44 min.
 
 

 
 
DESPEDIDA
©Sandra Lúcia Ceccon Perazzo
 
 
Quando ouvi dos teus lábios a fria despedida,
minha alma sem qualquer suporte,
sucumbiu sem murmúrio, cheia de lamento
entreguei-me à agonia em tormento.
 
Nada me era permitido fazer.
Cegaste a acústica de tua alma,
calando a minha voz machucada
pelo perdão que não me deste...
 
Sobre o meu silêncio, o teu sorriso disfarçado.
Ardendo a despedida sobre mãos sem carícia,
plantaste a nossa solidão sem nenhum remorso,
dormindo o amor sem qualquer garantia.
 
Quem dera no lugar do adeus,
acolhesses  o meu arrependimento,
que foi talhado pelos meus desatinos,
sem intenção de desvirtuar nossos destinos.
 
Ah...
Se soubesses o quanto te amo e amarei,
matarias a minha sede e a minha fome,
cobririas os  meus lábios com ternura,
sem a despedida cheia de tortura...
 
(Sperazzo)
08/04/2009