Sombras
Não irei segar meus punhos em seus olhos
e nem mesmo fazer um abismo no silêncio
Não irei plantar os fungos no seu óscio
Nem contar estrelas pra passar o tempo
Ser escravo do ressentimento não será alivio
Aprender com a vida o destino inexato
Ter a paz que existe no dever cumprido
Ser a calma viva no quebrar dos pratos
não usar da força em seus retratos
reviver na vida o que há de bom
revitalizar os olhos cheios de maus tratos
repensar o amor na sua forma e tom, que bom
Desconsidere em mim, palavras de egoísmo
pois o que eu sinto nos fará melhor então
Se a bondade existe e é irmã do paraíso
Sou hora exata pra qualquer situação, noção
e o que sentimos na verdade chora
Sem explicação os mitos enfim cravados nos foram em vão
E o que eu penso, eu retenho para mim
Mitos nada são que assuntos tão mal acabados