MEUS OVÁRIOS DOEM/Respirando à cachorrinho...

Poemas em rimas...

Declarações sutis, outras desastrosas;

Jogo aberto, brincadeiras cheias de intenções...

Sinais, faz de conta;

Palavras escancaradas,

Um grito sem eco,

Por quanto tempo?

“Amar você é minha doença...”

Doente de amor... Dá vontade de rolar de rir...

Vejo-me ouvindo músicas ridículas,

Imaginando passeios idiotas;

Coisas que nunca faria se transformam em obras de arte...

E nunca dá!

Têm o trabalho, a família, a família da família e os amigos.

A droga do tempo.

Você achando que controla a vida,

Ela te dando rasteira.

Tua ficha não cai?

Você, você, você.

São Longuinho, São Longuinho...

Haja ovários para aguentar!

Rose Stteffen

Respirando à cachorrinho...

Minhas rimas estão em esgrima...

Lastimo...

Hora primo pelo cio em que te recrio...

Noutra o cimo em que me animo,

rir de tanta panacéia...

Incréia,

só mantenho a chama desta vela,

Para pedir aos guias, beijos,

Que não me esfolem viva,

Nem me privem deste gozo

Rir na minha Torre de Marfim

De você,

Do amor,

Da vida, enfim...

As horas voam...

Permaneço assim:

Eternamente grávida

Respirando à cachorrinho...

Ana Maria Gazzaneo