DUETO: ACRÓSTICO - CÁRITASOUZZA E QUANDO A TRISTEZA SE FAZ PRESENTE - MARIZA MÔNICA
ACRÓSTICO
Cáritas Souzza
Levanto-me
Vou para a janela
Sinto a indiferença da rua
Que agora dorme
Indiferente a minha solidão
E ao latido do cão
Que lá fora uiva
Minha alma está contrita
Os olhos pedem passagem
Para a tristeza que se faz presença
Nas gotas quentes das lágrimas
Que no meu rosto desce
O que existiu ontem
Já não existe hoje
Preciso me habituar a sua ausência
Não mais ouvirei de seus lábios
Palavras direcionadas a mim
O seu afastamento será a resposta
Que terei como companhia
Nos dias que se arrastarão
Na minha existência vazia
Como viver sem ouvir o som de sua voz?
Sem receber sua presença
Que faz sentir-me viva?
Você me acostumou mal
Fazendo-me novamente acreditar
Em ser feliz um dia
Essa madrugada será o espelho
Do que serão os restos de meus dias
Antes morrer de qualquer morte
Do que viver
Sem ter você
Para compartilhar a vida.
QUANDO A TRISTEZA SE FAZ PRESENTE
Mariza Mônica A. de Carvalho.
Nenhum adeus, por mais doído,
deve ser sentido para sempre.
Hoje, a tristeza pode fazer
você chorar. Amanhã,
quando o sol nascer,
a natureza toda florescer,
Jesus sua mão aquecer,
aí a tristeza pedirá licença
e irá embora...
Mais triste do que um adeus
é o perpetuar em nós
a consciência de uma solidão.
Quando se desprende dela,
vê-se que a vida continua
e que alguém pode vir,
quando menos se espera,
trazer alegria e felicidade
ao coração que chora.