Nós


E te espero,
aqui, sem rumo ...
(ivi)
 
Sem rumo não me aprumo nem me arrumo,
Desvarios; conheço e sei de cor,
Se o quanto amor se faz bem e melhor,
Eu bebo desta fruta todo o sumo.
 
E quando nos teus braços me consumo,
Não sei se isto me faz bem ou pior,
O verso se desleixa e quer maior
Bem mais do que o tabaco que ora fumo.
 
Sereia em cantoria me conquista,
E o velho coração de um comunista
Rendido aos costumeiros romantismos,
 
Esquece o que sonhou e compra o sonho,
Num breve ritual eu te proponho
Os flóreos desenredos dos lirismos...
(Marcos Loures)