MÃOS
 
- As minhas mãos não são de porcelana
- Nem frias, nem de adorno, são apenas,
- Mãos simples que sofreram tantas penas,
- Da placidez quimérica que engana...
 
- Em mãos que faz o verso e conta a grana,
- Que guerras faz e mostram-se serenas,
- Que fazem-se polidas, obscenas,
- Mostrando uma aparência só que engana...
 
- Minhas mãos estão cheias de outras mãos,
- Que outrora apareceram, e estão em mim,
- Mãos que me dizem não, outras que sim
 
- E também veem a vida pelos vãos,
- Onde as mãos dos poetas tem por fim
- Vislumbrar seu poema  benjamim
 


GONÇALVES REIS
VÉI

28/08/09 - 03/09/09


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Gonçalves Reis
Enviado por Gonçalves Reis em 03/09/2009
Reeditado em 07/09/2009
Código do texto: T1790267
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