Vila do Calvário de Diogo Cordeiro, Vinicius Silva & Rodrigo Poeta.

Não coube na boca mais palavras na língua.

Não verte mais rumores.

Lamentações, teremos que contê-las,

Por um vago pensamento quantas dores.

Assim como as palavras se findam...

As vozes melodiosas das gordas emudecem.

O pensamento de antes vago,

Extasia-se na vertigem das noites.

Vozes que cruzam a noite

Entre sombrias labaredas vermelhas,

Onde a dor não é dor...

Oh! Lamentações tenazes, que ficamos a palavrear.

Mil versos e indagações contivemos!

Por tudo que vimos e ficamos calados.

Pra nada dizer um gesto foi mostrado

E tudo mais em silêncio, nós se mantemos.

A labareda apaga

Os mil versos que se tornam humilhantes...

O silêncio em gritos líricos de amor

São as dores que não eram dor

E ultrapassa o calvário de Cristo.

Calvário de sentimentos, de palavras ao véu

De três almas a vagar em versos

Numa tarde primaveril

Aos olhos do coração!

(Diogo Cordeiro, Vinicius Silva e Rodrigo Poeta – 28/10/09)

Rodrigo Poeta
Enviado por Rodrigo Poeta em 28/10/2009
Reeditado em 28/10/2009
Código do texto: T1892415
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.