SIMILA SIMILIA SIMILARIUM 

 
                                       
       Inspirado no poema SORTILÉGIO de Kathleen Lessa


 
Parece sem eira nem beira
Ser feiticeira num teto ruim,
Se maquiagem é o caldeirão
Da atual mulher faceira
Presságios parecem ter fim
Pois a mulher mergulha
Na purpurina do agora
Sem tempo, nem demora
A maior parte idiossincráticas
Muito poucas socráticas.
As putas escondidas
Hoje são frutas oferecidas.
Há varas sem condão
Mas preferem um varão.
 
As passadas festas antigas
Hoje são nada mais
Do que frestas de intrigas
Pela poluição que causam
O príncipe do Ar
Não tem mais paz
E o pior é que dizem
Que isso é amar.
 
Ah essas besteiras,
Se acostumaram com o horror
E com o temor de não amarem
A coisa e a carne
O cerne e o desejo.
 
Não fale daquela moura
No cabo da vassoura
Por puro preconceito
Ela veste a fantasia
E supõe a alegria
Que imagina ter feito.
 
Mas elas têm o seu direito,
Se eu não acredito
Elas devem existir
Porque insistem em mentir.

 

Walter BRios
Enviado por Walter BRios em 05/11/2009
Reeditado em 20/07/2013
Código do texto: T1907414
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