Acorrentado as póstumas

Saudade. Ah! Saudade. . .

Quando dominado pelo saudoso

sentimento, me desespero. . .

Quando menos espero estou lá.

Estou acorrentado a um passado que remete medo.

Medo de entrar em desespero

e me arrepender de sensações não absorvidas.

Medo de pensar

como teria sido se eu tivesse coragem.

Coragem. Ah! coragem. . .

Deste sentimento experimentei constantemente.

Se eu tivesse coragem para ter dito.

Se eu tivesse coragem

de ser mais eu sem medo de retaliações.

Se é um verbo que não vale nesse momento.

Se, eu tivesse, coragem,

teria feito de mim mesmo

um espelho que refletiria meu verdadeiro ego.

Simplesmente eu. . .

Ébrio desafio o tempo e revivo os momentos

E amargo na vigília dos sonhos minhas memórias

Queria poder no filete de um resgate

poder agraciar todas as aventuranças que deixei

Cada estrela que vemos é única

E assim é o resplandecer da vida

Por vivemos apenas uma vez

Saciarmos os desejos sem insensatez

Como o rio que deságua profundo

Respirando o amanhã...

Tomando fôlego na alvorada da embriaguez

Cada pedra que assolou o sapato

Desgastou o rastro...

E as vozes que ouvi, não ouvirei mais...

Simplesmente eu...

Cada pedra que assolou o sapato

Desgastou o rastro...

E as vozes que ouvi, não ouvirei mais...

Simplesmente eu...

Brodequin e Manoel Alfredo Júnior