NADA SEI DE TI...SABE QUEM EU SOU...
 
Se nas noites, alguém te aquece ou sentes frio
Se em algum dia te assolou o eco de um vazio
Se teus passos são firmes distribuindo sorrisos
Se fazes planos futuro ou segues no improviso.
Posso te explicar...
 
Sou um solitário viajante da noite
Passo os dias procurando a razão de um vazio
Tentando encontrar uma razão para sorrir
de um futuro que tenta me desviar.
 
Eu sei de mim!
Das noites, de infindos sonhos, em que te recebo
E me sinto uma donzela, em braços de mancebo
Dos dias que nascem, com o meu eu te acolhendo
Dos versos sem modos - no teu corpo escrevendo.
 
Quem sou eu!
Vagando pelos sonhos querendo te encontrar
te fazer mulher em meus braços
mas o amanhecer desperta e ainda sinto teu perfume
de uma poesia que nossos corpos são versos...
 
 
Nada sei de ti...
Se em algum instante sentiu no teu caminho medo
Se quando viajas pelo universo, deixas lá segredos
Se teus olhos por um momento foi a minha procura
Se queres viver um mor amor, ou queres aventuras.
 
Sabe quem sou...
Uma viaje sem destino buscando coragem
pelo universo dos segredos na esperança
de encontrar teu olhar me esperando
e juntos vivermos uma aventura de amor....
 
 
Eu sei de mim!
Do amor que faz do meu viver um sempre acalanto
Do sentimento que nutro e te cubro com meu manto
Da esperança em te ter - que receio chegar a um fim
Dos instantes poéticos, que teu amor me dás em sim!
 
Não entendo mais nada!
Esse amor que me da força para viver
é o sentimento que sinto da intuição do amor
alimentando-me da esperança que um dia
esse amor seja versos da poesia deste amor!
 
Nada sei de ti... Eu sei de mim!
Sei que esse amor, tem a magia dum outro mundo
Por assim, te amar, ouso num sentir mais profundo
Saber mais de ti do que eu sei de mim...
 
Quero revelar meu segredo!
Esse amor é o mistério do segredo da vida
ele existe no mais profundo de nosso ser
confesso que já não sei se sou eu ou você...
 
Cleide Alves Bernal Yamamoto
Publicado no Recanto das Letras em 15/01/2010
Código do texto: T2031953
 
 
Rogério Miranda
poeta da paz