Desespero!

É uma insônia...o que sinto

É o desespero mudo que o peito despedaça,

E oblitera a razão!

Desamparou-me a crença...

O mais precioso escudo!

Abandonou-me a fé...

Meu único bordão!

Pegaram-me no encalço,

Os tormentos de Orestes

Como que em redor de mim.

Tudo se descombra!

Sorrio como Lear,

Louco despedaçando as vestes

Ouvindo como Hamlet,

Interrogando as sombras...

Eu, em que tempo esquecerei minhas mágoas?

Que inferno...é tragédia a minha dor?

E assim,obedecendo ao faldário

Hei de entre os homens errar...Triste e esbugalhado Jó

Sem pão e sem carinho...

Orfeu dorido e insano

A carpir e a cantar...

Francisco Chagas Araújo

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É uma insônia ...que me invade

É um desepero ensurdecedor,que estraçalha o coração

Afeta a minha razão

Não consigo entender o por quê de estar tão só

O meu precioso escudo ainda tenho

A minha fé e a religião

Não virão ao meu encalço

Os tormentos de Orestes

A loucura de Lear

Ao despedaçar suas vestes

Nem tão pouco um Hamlet

Vivendo as sombras.

Orfeu dorme em sonhos eternos

Sinto apenas a angústia de Antígona

A ira contra os atos de Medéia

O suicídio de Ofélia pela rejeição de Hamlet.

Diante de tantos fatos

Ainda me resta a esperança,

Enquanto viver... mudar o percurso desse estado da mente

Varenka de Fátima

Varenka de Fátima
Enviado por Varenka de Fátima em 19/04/2010
Código do texto: T2206830
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