RAZÕES E DIREITOS

CONTINUAÇÃO DE POESIA, RIQUEZA E RAZÃO

42 -Bem... fala-me sobre minhas razões.

-A razão não te pertence, nem o direito também,

mais tem razão quem entrega, seu direito para alguém.

43 -Eu deveria entregar meu direito ao meu adversário?

-Tua causa, sendo justa, há sempre um advogado,

para persuadir o juiz, a pender para o seu lado.

44 -Sendo meu o direito, o juiz me dará ganho de causa, não?

-O juiz sendo sincero, vai dar-te sim, a vitória;

pois um juiz honesto, tem também boa memória!

45 -O que fará a memória de um juiz num julgamento?

-Existe, meu caro aluno, a arte de comparar;

quando o juiz tem memória, vive tal arte a praticar!

46 -Confesso que não entendi!

-Em centenas de julgamentos, com processos de defesa,

a memória de um juiz, lembra depoimentos com clareza!

47 -No caso, podem haver semelhanças de julgamentos?

-Registros e fundamentos, consultados no presente,

podem dar luz às sentenças, mesmo com o réu ausente.

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48 -E sobre o entendimento?

-Essa palavra pertence, à forma de entender

seja para saber das coisas, ou negócios a fazer!

49 -Explica-me.

-Um cientista que cria, um engenho desdobrado,

tenha certeza, caro amigo, ele entende do riscado!

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50 -E para negociar?

-Para fazer certos negócios, tem que ter entendimento;

-Quem não tiver, terá prejuízo, perde até o seu sustento!

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