A DOR DE NOSSA CRUZ

Tão calejado, o homem já

Suporta o peso da cruz.

A dor é o fermento que avoluma

E modela a estrtutura da tolerância.

Muitos prontificam-se a

Roçar a cegueira dos caminhos.

A coragem do caminante também

Se forja na dor e pela cruz.

Os caminhos estão propensos

A suportar a forca que

Cai sobre os olhos.

Qual o limite da dor?

O que há depois da dor?

Depois das farpas

A dor volta a enxergar.

A dor é a referência da ação.

A ação é uma resposta à dor.

Logo, toda ação é diretamente proporcional

Ao grau de tolerância à dor.

A força da dor é suportar

A fera que nos aprisiona.

O maior desafio é controlar

As forças que dominam os instintos.

Controlar a natureza é

Virtude dos racionais.

A fera rasgou as grades,

Solta está para promover

A paz.

Que seja assim…

Carpe diem.

Bregonci/Arrébola

MARCO ANTONIO BREGONCI
Enviado por MARCO ANTONIO BREGONCI em 17/07/2010
Reeditado em 17/07/2010
Código do texto: T2382420