A DOR DE NOSSA CRUZ
Tão calejado, o homem já
Suporta o peso da cruz.
A dor é o fermento que avoluma
E modela a estrtutura da tolerância.
Muitos prontificam-se a
Roçar a cegueira dos caminhos.
A coragem do caminante também
Se forja na dor e pela cruz.
Os caminhos estão propensos
A suportar a forca que
Cai sobre os olhos.
Qual o limite da dor?
O que há depois da dor?
Depois das farpas
A dor volta a enxergar.
A dor é a referência da ação.
A ação é uma resposta à dor.
Logo, toda ação é diretamente proporcional
Ao grau de tolerância à dor.
A força da dor é suportar
A fera que nos aprisiona.
O maior desafio é controlar
As forças que dominam os instintos.
Controlar a natureza é
Virtude dos racionais.
A fera rasgou as grades,
Solta está para promover
A paz.
Que seja assim…
Carpe diem.
Bregonci/Arrébola