LAIVOS DE CRISTAIS

No fim da tarde,

Chuva fria, por pegadas,

Deixa gotas de cristais nos ramos

Que se debruçam em reverência,

Abraçando-as docemente!

A grama orvalhada reflete

Rutilantes cisalhas de prata,

Num eflúvio cálido de ternura,

Deixando corações enternecidos

E olhares maravilhados!

Pelas paineiras do vale,

A brisa passa leve e confusa

Com a voz sonora dos sinos

Que, soluçando versos cristãos,

Tremem na noite, arrancando melodias

Do seio do roseiral!

Magnetizam-se as cordas

Dos instrumentos da natureza!

O alvor silencioso da saudade e do fascínio

Descobre segredos, eletrizando miragens

Num rio de paz!

(Macris e Antenor Rosalino)

Antenor Rosalino e Maria Cristina Bonetti
Enviado por Antenor Rosalino em 01/08/2010
Reeditado em 23/03/2013
Código do texto: T2412146
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