Sinfonia do Adeus! bY ZENA MACIEL & NA SOLIDÃO DO JARDIM & LUIZ POETA

Vida torta

Flores mortas

feridas e magoadas

Depois de estupradas e machucadas

jamais serão ressuscitadas

O vento leva o perfume

O tempo devolve o queixume

com choro e desalento

A dor fica ao relento

e o amor dorme nos braços

do céu do esquecimento

Sob o véu de estrelas apagadas

a alma embriagada sofre

O coração cativo e sem norte

beija a triste sorte

Bebe lágrimas carbonizadas

com o gosto de solidão

A primavera foi antecipada

A morte foi anunciada

ao som de harpas e clarins

pelos tristes querubins

que solfejavam lânguidamente

assim:

A história chegou ao fim!

Ai!de mim!

Ai! de mim!

Ai! de mim!

26/12/2004

NA SOLIDÃO DO JARDIM

Luiz Poeta ( sbacem-rj ) - Luiz Gilberto de Barros

Às 14 h e 20 min do dia 9 de setembro de 2006 do Rio de Janeiro,

especialmente para minha amiga do peito Zena Maciel.

Não chores tuas pétalas caídas...

A vida é assim, de flores mortas,

Mas quando o teu amor cura as feridas,

A tua dor não abre antigas portas.

Relembra que das pétalas macias,

O pólen se desprende mansamente

E vai ressuscitando a fantasia

De outra flor que surge... de repente.

O amor é como flor, se sopra a brisa

Pungente, cada pétala que cai

Aduba a solidão e fertiliza,

A terra... e nova vida sobressai.

Então, quando tu pensas que é o fim,

Um broto, apesar de delicado

Enfeita a solidão do teu jardim

E brota em teu olhar apaixonado.

...

Zena Maciel
Enviado por Zena Maciel em 29/09/2006
Código do texto: T252669