Acorrentado

Gritos na noite fria,

O fantasma tenta morrer de medo

Mas a vida bate na porta

E não vai embora.

La fora o diluvio continua

Mesmo com a chuva desligada.

Morte embriagada de sangue

Tomou banhos

E continua podre.

(Fred Albano)

Correntes malditas

E aquelas correntes malditas apertam o podre coração

Rasgam, deixando marcas, feridas, sem forças para sair dessa prisão.

Desejar morrer neste momento parece ser o desejo mais sensato

Mas nem sempre o que queremos é que temos, só o tempo sabe o momento exato.

Nessa vida de encontros e desencontros, o que temos nem sempre queremos,

E o que queremos, nem sempre podemos ter.

Em algum determinado tipo de prisão todos nós um dia vivemos

É pressão, é tormento sofrimento eterno.

Maltrata, espanca, esfola, esfaqueia, assusta até o ser mais assustador

Acorrenta durante uma vida inteira, causando uma tempestade de terror.

(Renata Siqueira)

fred albano
Enviado por fred albano em 14/12/2010
Código do texto: T2671242
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