Sigo

Sueli

Sigo perdida, cumprindo sentença:

Viver sem sua presença,

Respirar a sua ausência.

Olho o aflito infinito,

Que insiste num grito

Triste, cheio de angústia, incontido

Perder-se no vazio mantido

Pela dor do não-ter-sido.

E continuo a seguir caminho

Entre rosa e espinho,

Sol e tempestade,

Aguardando que o Mistério,

A quem chamamos de Vida,

Teime com o Destino matreiro,

Em cruel disputa,

Dê-me seu amor verdadeiro.

Edu

Sigo adiante, sem olhar para trás.

Deixo meus medos,

Minhas lembranças

Perderem-se com o tempo.

Na memória só a ficar

Resíduos de lembranças,

Poesias interminadas,

Palavras não ditas,

Palavras mal ditas,

Desejos incontidos.

A rosa ficou a desabrochar...

Não quis mais colher nem regar.

Espinhos me arranharam.

Feridas cicatrizaram.

Caminho com o vento

Batendo no meu rosto em movimento.

Sigo sem medo de mudar o meu tempo!

Sol a esconder.

Tempestade a começar.

Resposta não busco mais.

Apenas sigo em silencio,

Sem nada mais a buscar...

EDU
Enviado por EDU em 06/11/2006
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