Sigo (Edu e Sueli)

Sigo

Sueli

Sigo perdida, cumprindo sentença:

Viver sem sua presença,

Respirar a sua ausência.

Olho o aflito infinito,

Que insiste num grito

Triste, cheio de angústia, incontido

Perder-se no vazio mantido

Pela dor do não-ter-sido.

E continuo a seguir caminho

Entre rosa e espinho,

Sol e tempestade,

Aguardando que o Mistério,

A quem chamamos de Vida,

Teime com o Destino matreiro,

Em cruel disputa.

Edu

Sigo adiante sem olhar para trás

Deixo meus medos

Minhas lembranças

Perderem-se com o tempo

Na memória so a ficar

Resíduos de lembranças

Poesias interminadas

Palavras não ditas

Palavras mal ditas!

Desejos incontidos.

A rosa ficou a desabrochar

Não quis mais colher nem regar

Espinhos me arranharam

Feridas cicatrizaram

Caminho com o vento

Batendo no meu rosto em movimento

Sigo se medo de mudar o meu tempo!

Sol a esconder

Tempestade a começar

Resposta não busco mais

Apenas sigo em silencio

Sem buscar mais as respostas.

SueliFajardo
Enviado por SueliFajardo em 06/11/2006
Reeditado em 09/11/2006
Código do texto: T283728
Copyright © 2006. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.