Inverno eterno
Almas chovendo, coração doendo
Vida gelada numa estrada sem nada
Mundo sem cor, sem perfume, sem flor
Caminho de espinho, nuvem de dor
Baila mar nessa imensa solidão
É peito calado, não existe coração
Inverno na alma trás a tempestade
E um grito no ar divulgar a saudade
Almas amadas, levadas e amparadas
Anjos reluzentes abrindo as correntes
Martírio eterno esperar a redenção
E nesse perene sentimento de aflição
É triste a saudade da pura afeição
Morrer sem ouvir o final da canção
Sinfonia da vida, saudosa emoção