Esse é meu milésimo texto!

Dos que escrevi por iniciativa própria,sendo ou não da minha autoria.

Quatro deles são de generosos colegas que escreveram e dedicaram a mim,dádivas pelas quais sou grata.Eu digo a mim mesma que não mais escreverei,mas a verdade é que escrever é uma tentativa de me salvar

de maiores dores,só escrevendo tenho a ilusória sensação de que estou mais viva!De que faço alguma diferença neste mundo...Como se eu fizesse de fato...Sei que na verdade não é nada disso,escrevendo ou não, a morte me espreita em alguma curva da estrada da vida,e sou apenas uma a mais dentre sete bilhões de humanos cheio de mazelas.

Em suma,se hoje ou amanhã eu deixar de existir,poucos notarão minha ausência,e mesmo os que me declaram amor, acharão uma forma de me substituir.É isso.Nada mais nada menos,não há pessoa insubstituível.

E mesmo os que choram ,deixarão de chorar e tocarão a vida.

É assim,sempre foi e será assim.Mas estou viva,sinto a vida e por isso

escrevo ainda.Do amanhã,resta-me saber que nada sei.

Mas agora escrevo.Coisas sem sentido e coisas com todo sentido.

Coisas,apenas coisas...Desinteressantes fatos da minha desinteressante

vida.Coisa oralmente inconfessas,assentadas por escrito no livro das minhas memórias.Fragmentos de vida,alegria e tristezas vividas...

É isso,apenas isso,tudo isso.Somente pedaços de mim,a parte que concerne a tudo que sinto.

Elenite Araujo
Enviado por Elenite Araujo em 01/11/2011
Código do texto: T3310394
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