DOR DE AÇO

Nos caminhos dos versos e poesias

a vida me ensinou que ser poeta

é se embriagar com dores e agonias

e ter um vazio que não se completa.

Das manhãs de outrora as nostalgias,

vejo em meu passado dura meta:

mil tristezas e poucas alegrias

e uma dor que nunca se aquieta.

Eu queria ser poeta e não sofrer

mas meu padecer nunca entendi...

Queria ter o infinito num abraço...

Mas não considera a vida meu querer

e põe-me sempre onde me perdi,

e sempre ferido pelo mesmo aço.