Forjando O "Meu Eu"

A ferro e fogo sou forjado

Na forja do tempo e da vida

Cada chegada, cada partida

O “meu eu” sai renovado...

Não há porto de despedida

Nem porta, nem trava, nem tranca

E é no fogo dessa lança

Que "meu eu" não é só lida.

Vem-me o mar em revoadas

E o “meu eu” em ti desagua

Asperge a mácula da mágoa

Em serenas pétalas aladas...

Em gotas tua alma orvalhada

Acolhe “meu eu”, planta-me vida

Enxuga o pranto, devolve-me as asas

Fazendo-me no céu estrela garrida.

Joselito de S. Bertoglio & Aglaure Corrêa Martins

Aglaure Martins e Joselito de S. Bertoglio
Enviado por Aglaure Martins em 06/01/2012
Reeditado em 04/09/2012
Código do texto: T3426673
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