Minha Analista Querida
Minha amiga amante de cérebros
Pesquisadora de conteúdos plenos
Lance a lance escritos em alfarrábios
Em documentos intentos descobertas
Toda a porta da alma escancara
O que será de mim em suas mãos querida
Minha alma ora aberta e interpretada reclama
Nos ensinamentos históricos você se ampara
Ensinamentos consciência de mestres plenos
Da alma percepções e conhecimentos profundos
Sobre o manto da metamorfose transfigura a razão
Num augusto transporte libera a febre demente
Estou literalmente exposto em suas artimanhas
Na disposição especial das partes de um ser eu vivo
Apresento débil o meu coração que bate com desvario
Trazendo de volta em mim se é que existe a razão
poderás fazer voltar o adormecer tranquilo
a uma mente irrigada por um coração que sofre
oxigênios se dispersam e distúrbios se amplificam
nesta mente que rejeita o seu destino certo
Sua essência é grau de potência existente no ato
Tolerância que a natureza impõe-te soberbamente
Percorres veredas que a escuta mobiliza o acaso
Onde analisando a analista é analisada e subjugada
Na acolhida expectativa experiente e orientada
Nesta sala de espera espero ansioso o meu veredicto
Estarei já pronto para obter o meu salvo-conduto
Transitar entre normais sem ameaças oferecer
Amar e ser querido minha recompensa máxima
Querida em suas mãos fechar este laudo médico
Com base nos procedimentos e pressupostos teóricos
Que coerentes com a minha análise na identificação do foco
Descrevo que ocorreu um vínculo amistoso favorável
Entre paciente e analista no qual atingi o termo desejado
Concluindo que o paciente encontra-se apto para convívio social.
Dueto poético by: Silvio Vidal & Fernanda Gui – janeiro/2007