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QUANDO A GENTE SE VAI...
Odir Milanez
 
A gente vai, às vezes, ver o vasto,
no tento de deixar de ser presente,
a parte de não ir deixando rasto,
a parte de ir embora sendo ausente.
 
Mas o vento volteiro, num arrasto,
apaga a procissão dos pés da gente.
Quando nos vem, das idas, o desgasto,
e a gente volta, à volta a gente sente:
 
A vivência evasiva do vazio;
O silêncio de sons na voz do vento;
A sufocante sensação de frio.
 
Em tudo a gente nota o desalento.
O amor, que ficou, faz-se arredio,
e a solidão nos vem, em passo lento...
  
JPessoa/PB
28.08.2012
oklima

Sou somente um escriba
que ouve a voz do vento
e versa versos de amor...


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SEGREDOS DO VENTO
Ysolda Cabral 

Aqui escuto o Vento
de forma bem diferente
e mesmo sem identificar
os segredos que tenta me contar
consigo com facilidade imaginar
tudo o que ele sente...

Sei dos lugares por onde andou
do Tempo que acompanhou
em todos os seus inconstantes
e tempestivos momentos...

Aqui, embalando meus pensamentos
aquietantdo meu tempo de pensar
deixa o tempo passar
e sem se incomodar
permanece a me acariciar
assanhando com carinho
os meus curtos cabelos...

Percebo o tempo indo embora
junto com ele o menino
que olhando a rede a balançar
não por capricho,
mas por destino,
diz: até logo bela rede
agora já vou indo
um dia sei que vou voltar!

E ali ficamos, eu e o Vento
que o tempo não conseguiu levar
foi embora anoitecendo
sem promessa de voltar...

Envolvo-me então no balanço
do suave murmurar
dos segredos desse amigo
que tanto tem para contar...

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Apenas Ysolda
Uma apessoa que chora e ri de alegria,
tristeza ou saudade sem pudor.
Em 28.08.2012

 
oklima e Ysolda Cabral
Enviado por oklima em 28/08/2012
Reeditado em 19/08/2016
Código do texto: T3853878
Classificação de conteúdo: seguro
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