O vento toca a face da estrada.
Ainda escuto a chaleira fervendo,
o sol abrir a madrugada, nascendo.
Amanhece, devo voltar pra casa.
Retorno como um raio de sol,
totalmente vazio por fora.
 
Dentro de mim, nada existe mais.
Além desse universo de constelações.
Sinto na alma um cântico, arrebol.
Que deslumbra encantos, emoções.
As mãos abrem a porteira agora.
O silvo da fervura me faz tocar a terra.
 
Meu coração chega antes,  o sigo.
Nem sei mais o que é pequeno ou infinito.
Tudo tem o tamanho do amor, (que ficou).
Possui a inexata medida dos homens.
Que maculou sonhos que se perderam.
Sua lembrança porém,  jamais se apagou!