COMBATE DE EMOÇÕES


Quando a gente vê a luz do amor,
(brilho intenso à paisagem compor)
Não consegue mais viver sem ela, paixão.
(companhia do jogo: sedução)...
Tua falta se derrama no silêncio do quarto
(agonia aguda, tal qual dor de parto)
E, na cama fria, tremo agarrado à solidão.
(tua ausência é poeta sem inspiração)

Dei-te amor, e fadigado,
(exaurido em dores, magoado)
Desse combate de emoções,
(duelo sem campeões)
Escapei dilacerado,
(mas contente por ter amado)

Dos escombros que restou do nosso amor
(vestígios de um jardim sem cor...)
Ainda sobrou um resto de paz interior:
(ínfima rosa, arremedo de flor...)
O meu eu, que amo,
(espectro em outro plano)
Que escapou do meu mergulho em teu ser.
(agora, naufrago, na carência de um querer)

Vai ser difícil estar na vida sem ti
(será procura de afeto aqui e ali)
Mas, mesmo te amando,
(e teu nome clamando)
Prefiro me amar pra te esquecer.
(... quem sabe, ser feliz um dia, se sobreviver...)

Gilnei Nepomuceno
(Denise Severgnini)

Gilnei Poeta
Enviado por Gilnei Poeta em 18/03/2007
Código do texto: T416999
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