Mudanças

Ao abrir nosso coração para o amor podemos ser

magoados, ao estender nossas mãos, nos arriscamos à rejeição, se agredimos, podemos ser destruídos. Quando vivenciamos situações mais intensas do que a habitual sentimo-nos vulneráveis e ameaçados. É assustador sentir mais. Na verdade buscamos sempre mais vida, e temos medo disso.

Esse medo toma forma na nossa rotina diária.

Procuramos nos manter ocupados de tal forma a não nos encararmos, não nos drogarmos. Essa é a forma que usamos para dominar a vida. È um risco pessoal sermos levados por nossas emoções. O homem moderno está comprometido com o

sucesso, com resultados, não em ser uma pessoa.

O conflito interno é um processo de crescimento

pessoal e mudanças. O momento é sempre muito especial, e

doloroso também. È a luta interna entre o que sou e o

que esperam que seja. Ficar prisioneiro desse conflito

é doença. O homem apenas se encontra se atuar de

acordo com sua força organísmica, seu sentir, suas

emoções. Mudo na medida em que me aceito.

Esse medo da vida tem a ver com educação, sexualidade

reprimida e vivências. A forma de proteção contra o

sentimento é não amar.

Temos medo de amar e de viver, apesar de buscarmos

desesperadamente as duas coisas.

Apenas iniciaremos um processo de mudança pessoal se

deixar cair a máscara e não permitirmos que nossos

sentimentos e sensações sejam suprimidos por

exigências sociais.

Não somos educados para a felicidade, mas para

corresponder a expectativas.

Somos sutilmente treinados para o poder e a

competição.

Seria altamente utópico não respeitar esses valores, a

sociedade nos engoliria.

Porém a prioridade tem que ser o sentir, senão seremos

engolidos de outra forma: com a morte da alma.

A parceria é um momento de encontro, de amor.

Nos encontramos.

Novato e Kátia