Ladrão de corações

Arrebatou de mim meu coração desde inocente,
Tanto lutei contra as amarras em que se transformou
Este sentimento, lindo, puro, eterno, talvez demente,
Tanto tentei esquecer-te por tempo premente.
Mero engano, pois o coração que roubaste,
Bem o fizeste, o tiraste arroubadamente.
E assim viveu em mim, dentro de mim,
Verdadeiramente, por todo tempo, eternamente,
sem jamais tirá-lo, quer por instante, da mente.

Ao mundo gritarei, foste e és um pirata,
Um ladrão, um larápio de coração, ora pois,
Chegaste, tomaste e o levaste de mim quando partiste,
Quando te foste e deverias tê-lo devolvido,
Entregando-o em minhas mãos, logo depois,
Não deverias tê-lo abandonado ao léu, simplesmente,
Sem dar a chance de recuperá-lo, mesmo que sofrido.

 
Sim, ora reconheço sou o ladrão desalmado,
Que um dia roubou teu coração inocente.
E por tê-lo mantido junto ao meu, somente,
Tanto tem sofrido por tê-lo um dia roubado.

A tua procura corri mundo, por todo universo,
Para tão logo te devolver este coração ardente,
Pois desde que o roubei, mantive em minha mente,
Cantando-te em minhas poesias, em meus versos.

Dele, zeloso, não me separei por um só segundo,
Mantendo-o já guardado bem junto a meu peito,
No mais íntimo de mim, no que de mais profundo..

E hoje, se ora devolvo teu coração então roubado,
Eu o devolvo com juros, pelo enorme bem me feito:
Toma também o meu, que sempre e tanto te há amado.
LHMignone e Vana Barsan
Enviado por LHMignone em 10/12/2013
Reeditado em 04/09/2017
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