SEM NOÇÃO DE NADA

Sobre a calçada

Debruço-me correndo no tempo,

Para alcançar o silêncio.

São desabafos duma alma só,

São lamurias, choros e vícios.

Distante dos ventos, nem sei onde vou.

Hoje sem rumo, parto para junto da solidão,

Aprisionando-me nessa cela escura, sem emoção.

Porque a cinza negra, apoderou-se da razão.

As lágrimas não diluem sentimentos

E pranto faz a voz do momento,

Quando os cantos já não trazem a eternidade

E quando as noites, não te traz por entre os sonhos....

Mas há sempre a esperança de acordar feliz

Ao som dos ruídos lá fora, sabendo que se está vivo!

O sol a entrar pela janela sorrateiro, sorrindo

Trazendo os vários cheiros dos lírios do campo.

E canto, canto bem alto ao mundo, a minha felicidade!

Ainda não sei bem se é verdade ou um sonho,

Ainda não sei se estou acordada, ou a divagar.

Apenas sei o que é amar e ser amada, acordada.

Sentir o carinho no teu afagar,

Sem ter a menor noção, do tempo a passar

E com o pensamento, no brilho do teu olhar.

Daniel Miguelavez ou Merlin Magiko e Celeste Leite
Enviado por Daniel Miguelavez ou Merlin Magiko em 31/01/2014
Reeditado em 03/02/2014
Código do texto: T4672354
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