(Desatino de um caipira e seu coração malvado)

Ô coração danado

Brinca e me faz de bobo

Vô te dá uma lição

Seu órgão endiabrado...

Cê brinca com meus sentimentos

Eu sofro e fico abobado

Um dia eu te arrebento

Meu inimigo malvado...

(Direito de resposta)

Se eu te deixo arreliado

Se eu judio da tua vida

É porque tua pureza

Te faz um ser apaixonado...

E essa paixão pela vida

Esse dom para amar

Poucos têm como acolhida

Muitos ficam a invejar...

(Tréplica)

Se eu sou tão especial

Um caboclo sem igual

Que’u faço com a sorte

Se ela é a minha morte?

Teu amor é tua sentença

Não causei tua descrença

Bato forte é a teu favor

Cuida bem do teu amor!

(...)

Cê desculpa a caipirage

Acho que falei bobage

Seus conselhos vô levar

E nunca mais vô te xingar!

(Trecho da peça de mesmo nome)

Luzia Avellar
Enviado por Luzia Avellar em 18/02/2014
Reeditado em 18/02/2014
Código do texto: T4696762
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