(Desatino de um caipira e seu coração malvado)
Ô coração danado
Brinca e me faz de bobo
Vô te dá uma lição
Seu órgão endiabrado...
Cê brinca com meus sentimentos
Eu sofro e fico abobado
Um dia eu te arrebento
Meu inimigo malvado...
(Direito de resposta)
Se eu te deixo arreliado
Se eu judio da tua vida
É porque tua pureza
Te faz um ser apaixonado...
E essa paixão pela vida
Esse dom para amar
Poucos têm como acolhida
Muitos ficam a invejar...
(Tréplica)
Se eu sou tão especial
Um caboclo sem igual
Que’u faço com a sorte
Se ela é a minha morte?
Teu amor é tua sentença
Não causei tua descrença
Bato forte é a teu favor
Cuida bem do teu amor!
(...)
Cê desculpa a caipirage
Acho que falei bobage
Seus conselhos vô levar
E nunca mais vô te xingar!
(Trecho da peça de mesmo nome)