O Carinho

Carinho começa quanto se enche um vazio.

Caminha, caminha, às vezes corre.

Faz de ti um ser focado de fio a pavio.

É tão sutil que a tudo move e comove.

Por vezes dorme, por certo acorda.

Desperta e põe para cima o teu humor.

Solta o teu riso e abre as portas do paraíso.

Mas permanece o mesmo, sempre que vivo!

Carinho nem sempre se percebe.

Ele pisa leve e te toca de mansinho.

Porém disso não se incomoda...

Sabe aconchegar-se devagarzinho.

Nada pede em troca, e se recebe, sorri

Porque pouco pode verter-se em tudo!

Solidário solta seu canto como colibri.

É doce, magnânimo, gratuito e delicado.

Carinho não admite ressentimento.

Ele existe mesmo que calado.

É fruto d’alma plena de puros sentimentos.

Ao chegar de surpresa tudo fica iluminado.

É sonho, é toque, é solidão, é lágrima.

É um querer bem que etéreo resiste!

Com ele nada é bisonho e tudo rima.

Verdadeira dádiva que alegra e persiste.

Carinho é algo tão vigoroso, tão âmago.

Possui começo, no entanto não admite fim.

Todo ser necessita senão a vida se estraga.

Emite sinais perceptíveis como poema assim.

É como o que se desenha ainda que invisível

Carinho ilumina, é cor, é renascença!

Sua pureza te deixa como ser invencível.

A natureza saúda e proclama esperança.

O carinho é o abraço que nos acalma.

É a mão que nos acena e certo conduz.

Quando sussurrado você logo se inflama.

Porque nada é mais saboroso e te seduz.

O carinho não enxerga, posto que é alma.

O carinho é essência, inquebrantável...

Seus olhos estão no coração e te chamam.

Nem a ciência é tão rica e sustentável.

O carinho é o que explica a enorme diferença

Entre o que é ser humano e o que é ser gente!

Duo: Nalva Ferreira e Hildebrando Menezes

Assista em vídeo:

O CARINHO

http://www.youtube.com/watch?v=2fnMi3sauvg

Navegando Amor e Nalva Ferreira
Enviado por Navegando Amor em 11/03/2014
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