O AMOR DA MUSA
A musa, ao som da terna música, se cala
ouve os acordes desenhados pelo amor
que habita a sua alma,
invadem e dominam o coração,
fecha os olhos e voa através do caminho
riscado pelo poeta,
lembra de cada gesto a perpetuar o aconchego
saudade da entrega e das carícias
As rosas perfumadas banham de ternura
a imensa ausência
que é sentida a cada separação
imposta de forma impiedosa e concreta.
A musa olha para o céu e lá,
entre o sol e a lua,
estrelas dizem do amor que tem
distante, mas sempre presente!
Santos, 18out05
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O AMOR DO POETA
Paulo Silveira de Ávila
O poeta sopra o coração da sílaba
que se transforma em palavras
e magicamente
penetra o enigma do vôo
no céu azul carregado de saudade
rumo ao teu coração
E todos eufóricos cantam a música
que é apoteose de outro gesto,
de outro ritual, do orgasmo vital,
tecendo a ternura do amor
que tem o dedo do sol e a carícia da lua.
Florianópolis, 17out05