RASGANDO O VÉU DO AUTOR.

Em poucos minutos,

posso usar meu intelecto,

e dosar meus sentimentos.

Sou eu, um poeta sensitivo;

coração sobejamente atrevido,

que atravessa oceanos,

para implorar um beijo teu.

Apoio à caneta no infinito;

recolhendo as estrelas no céu,

e entregando-as de presente à lua;

revelando, desde o nascer ao pôr do sol;

o amor do próprio autor.

Em poucos minutos,

posso poetizar a vida,

transformando lágrimas carentes

em soberba febre de alegria.

Posso recriar o universo,

soprando em olhos vigentes

a insensatez de minha fantasia,

sou apenas louco.

Em poucos minutos,

rasgando o véu do autor,

ignoramos o preceito do belo

e consorte; conspiramos gabolices.

Sou eu a poetisa – revelando.

Sou eu o poeta – testemunhando.

Quiçá, em dueto, eterniza-se!

Sandro Colibri e Fernanda Gui
Enviado por Sandro Colibri em 11/05/2007
Reeditado em 17/08/2011
Código do texto: T483582
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