MARIA DE Q...
Ele só me chamava de Maria,
Nunca perguntei por quê?
Prometeu que me respeitaria
Mas qual o Q?
A primeira, não lembro,
Se cheguei a sentir dor,
Não era um casamento,
A bofetada não tinha cor,
Agora está doendo,
Sei Q não foi amor.
A segunda, já mudou de cor...
Conheci o peso da sua mão,
E também o dissabor.
Do colorido à vermelhidão,
Sem amor nem tesão,
Com o roxo, na contramão!
Fazer o Q? Renunciar, reagir...
O que faria você?
Separar-se, fugir!
Não! Coloquei-o porta afora.
Com o que conseguiu vestir.
O restante foi pela janela!
A partir de agora,
Faço a minha Lei!
Pra me conhecer,
Tem que ter a minha senha!
Não sou “Maria de quê?”
Sou Maria da Penha,
Muito prazer...!