PRISIONEIRA
 
Jorge Linhaça
 
No calabouço da alma humana
encontro-te assim acorrentada
teu corpo uma luz difusa emana
Uma sensualidade não explorada
 
Percorro-te o corpo com o olhar.
E a alma que habita o teu ser
procuro eu incontéste decifrar
Na ânsia louca de te compreender
 
Sinto o teu medo e o teu desejo
mesclados e amalgamados
como anjo e demônio em um ensejo
 
No teu espírito assim torturado
Louca pelo sabor de doces beijos
que por tanto tempo tiveste negados
 
FUGITIVA
 
Maria de Fatima Delfina de Moraes
 
Cansada do cárcere revolto-me.
Entre a fúria e a angústia
da coragem esquecida num canto da alma
liberto-me dos grilhões que me acorrentam.
 
Peito aberto, sigo em frente . . .
Sou águia desperta.
 
Vou ao encontro do teu corpo.
 
O medo do que eu possa encontrar
ao me permitir estar em teus braços
já não pode ser mais forte que o desejo.
 
E de espírito livre, confesso:
Quero sim, o teu abraço.
Quero o sabor do teu beijo.
Jorge Linhaça e Maria de Fatima Delfina de Moraes
Enviado por Maria de Fatima Delfina de Moraes em 16/04/2016
Código do texto: T5607019
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