NOSSA PALAVRA

E tirar das palavras
sonhos, desejos,
denunciar nossos medos
Expressar o ritmo
do incontido coração...
Ficar nu ao relento
expor alma e corpo
ao vento...
Que balança
folhas,
Embala amores
e faz canção...
Ah! A palavra!
Minha arma,
buscando motivos,
calando meu grito,
de indignação!


E fluir nas palavras
o objeto sem volta
entre a paz e a revolta,
interpretar no íntimo,
a introspecção,
se vestir num momento,
de navios no porto,
feito o invento
de criança
com bolhas
multicores:
lúdica ilusão
Ah! a palavra!
nossa alma,
é rio subjetivo
é desejo aflito
foz e subversão.


ALINE ROMARIZ
DELMO BIUFORD
Delmo Biuford
Enviado por Delmo Biuford em 17/07/2007
Código do texto: T569029