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(Imagem do Google)

ENQUANDO OS SONHOS NÃO ME DÃO ADEUS
Odir Milanez
 
 
Não sei por quanto tempo serei som,
serei imagem viva e riso aberto,
se vai mais longe o tempo de estar perto
e a quanto tempo o tempo será bom.
 
Do tempo que me resta desse dom
de ser presente em meu futuro incerto,
por quanto tempo o meu olhar aberto
a cor dos céus verá no mesmo tom.
 
Não sei por quanto tempo de embaraços
serei procura de amorosos laços,
no que resta de beijo aos lábios meus.
 
Eu só sei  que vagueio mais espaços,
devaneando ter-te nos meus braços
enquanto os sonhos não me dão adeus!
 
Jpessoa/PB
11.09.2016
oklima
 
Sou somente um escriba
que ouve a voz do vento
e a versa em versos de amor...
 
odirmilanez.blogspot.com

Recebo a parceria do poeta Stelo Queiroga, aplaudindo-lhe a verve:


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(Imagem do Google)

Seguindo o poeta Odir Milanez, em seu soneto "Enquanto os Sonhos não me dão Adeus"


MONOVERSO
Stelo Queiroga
 
 Também não sei da hora, e quem o sabe?
Às vezes penso assim, e até prometo
que ao mundo, à iminência que se acabe,
não deva eu escrever qualquer soneto.
 
Na décima, termino logo a rima.
Findarei a sextilha inda mais cedo.
Uma quadra, mais curta, não me intima.
De um seco e breve haikai não tenho medo.
 
Largar o meu rimar característico,
aceitar o destino, assaz perverso,
e aí tentar compor tudo num dístico.
 
E antes de partir deste universo,
deixar meu epitáfio ensaístico
gravado nem que seja em monoverso!
 
Jpessoa/PB
13.09.2016
Stelo



Para ouvir a música, acesse:

http://www.oklima.net
 
oklima e Stelo Queiroga
Enviado por oklima em 11/09/2016
Reeditado em 13/09/2016
Código do texto: T5757733
Classificação de conteúdo: seguro
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