INSTINTOS DA PAIXÃO

Me apraz em meio à noite contemplar

Por entre o vaporoso do perfume

Teu seio que me pisca vaga-lume

E os olhos vão pousando a vacilar

Desde o primeiro olhar, a vida não

Conhecia esse afã de perturbar

Dessa paixão assim desabrochar...

Não tinha mais nenhuma sensação.

Porque à sede entregue em muito ardume

Teu corpo não se furta do queixume

É febre do desejo o despertar

Meus dedos por teu rosto a deslizar

Tocam os lábios que irei beijar

Liberto os instintos dessa paixão.

Miguel Eduardo Gonçalves//Tânia Regina Voigt