Insistência - in duet

Por que me tornar expectadora da vida?

Poupai-me, oh, destino, desta sorte ingrata,

ainda que eu seja destemida!

Mantém-me assim... aguerrida...

Importa-me sentir o fluxo da inevitável descida

antes que se dilua em quase nada.

Retenho cada grão desta arenosa estrada.

Entre os dedos firmes de mãos cansadas,

A tentativa audaz de quem viveu cantando.

Cantei poemas, poesias correndo estradas...

Deixei sinais ao longo das vias, caminhando,

P'ra não perder os rastros da aventura vivida.

Deixo aqui, agora, pequenas gotas cristalizadas!

Em cada amanhecer, nas alamedas ajardinadas,

O orvalho deixou cair pérolas por mim colhidas.

Neste quase final (falta tão pouco desta jornada!),

Fica em mim o sabor de fruta experimentada...

E a essência de tudo, em minh'alma, impregnada!

______Najet

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Nessa alusão outrora canção

Deixo meu pranto, atual manto

Regozijando que o destino me poupe das agruras diárias

E minhas asas se aprumem ao destemido vento!!!

Sou Fênix e não voltei de cinzas uma só vez

Fui peste na insistência

Duma garganta que grita a liberdade

Que sussurra solenemente os desejos insistentes...

Vivo e vivo a cantar

Um encantado sorrir

Pra que meus trôpegos pés se firmem

Perante meu furacão,

Avante sonido silêncio

Conquanto bramido constante.

Se ora finda meus passos

Que não me faltem asas!

Sim, salpiquei rimas várias

Por todos cantos que andei

Em todas belezas que toquei

Pra que nada e nem tempo algum os apague...

_____Gy

Gisely Poetry e Najet Cury
Enviado por Gisely Poetry em 08/06/2017
Reeditado em 08/06/2017
Código do texto: T6022283
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