QUATRO PAREDES
Água bem quentinha
E chuveiro fumaçando
O poeta e a poetisa
Dois corpos nus suando.
Banhando-se de poesia
Ensaboados de prazer,
Incendiando a euforia
Nas paredes a escrever.
Escrevem versos com gemidos
Com rimas a lhes envolver,
Os corpos entregues a poesia
Quatro paredes de puro prazer.
Fazendo rimas com as mãos
E com os lábios jogam versos pelo ar,
É água borbulhando na pressão
Fervendo os corpos a poetizar.
Chuveiro encabulado ficou
Vendo cenas picantes e indecentes,
Suou tanto que o box abafou
Aquele momento louco da gente.
Sérgio Batista
@tudo_acabaempoema
Cristina Rodrigues
@sigam_meosbonss