Etéreas aprendizagens
Deitado em nuvens de pedras negras
sonha com um palácio na sarjeta;
não sabia que os pingos da chuva
seriam como canivetes em sua cabeça.
Onde gotas de sangue brotam,
os abutres devoram.
Na inocência da criança todos matam
a fome
no canto, em seu papelão,
uma alegria que dorme.
E lipsa sonhos escaldantes
de Aliguiere, regados de guloseimas.
O frio da madrugada não macula
seus desejos
a fome bestaferada de restingas
não viola sua consciência.
E Deus, na magnitude de sua existência
suaviza com aprendizagens eternas
os sofrimentos de cada ser, seja culpado ou
inocente.
Andréa Flor & Tony Antunes
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