PULSANTE QUERER
 
 
 
Quero estremecer nos delírios deste amor
 por ti ser  acariciada, beijada,
faça-me sentir desejada,
ao extremo da gula saciada,
única cobiça a perpetuar no teu olhar
 
Quero cavalgar teu corpo alado
em vôos conexos e desconexos
vertendo o jorro do prazer de ter você
sabendo-me tua nessa volúpia
que conhece o sonho e a realidade
 
Extasia-me sem pudores,
vamos nos permitir o clímax da fusão
infinitas e eternas horas de paixão,
na cama, na rua, no chão,
na certeza de todas as estrelas presentes,
dias e noites infinitamente alucinantes
 
Na banheira, a lua sempre testemunha,
 as bolhas multifacetadas a brincar
fascinadas pelas fadas a cantar,
elas que num conceder dos deuses
o nosso mundo vieram espiar
 
Ama esta mulher que a ti se entrega
numa prece pura e singular
abençoada e redimida pelo universo
que derrama a sua luz em verso,
canto, música e prosa
linhas traçadas, escritas na outorga,
esculpidas em pedra
 
Confidencia bem junto dela
que sempre a terás no teu caminhar
pois sem ela não saberás amar!
 
         

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O PRAZER DO AMOR
 
PAULO SILVEIRA DE ÁVILA
 
 
 
A poderosa volúpia,  avançou delirante,
sob a nebrasca e investiu
à frente do espelho cheia de liberdades, 
tocando
brasa na labareda do tesão
 
Selamos um pacto informal,
sem códigos éticos,
a laborar nossos desejos íntimos
 
Sua imagem nua me flertava
com seus tentáculos, fazendo travessuras,
o clima esquentava ao olhar a alcova
pronta para o abate
 
Magicamente as coisas se encaixavam 
ao crepitar o fogo na lareira,
champanhe com gosto afrodisíaco, 
hidromassagem turbinada
aqueciam a noite fria
 
Música, novos toques,
fantasias do último tango, 
a concepção do prazer ardia no seu ventre
até atingir a satisfação erótica
 
Por momentos, nossos olhares se miraram,
sorrimos, com sinais de uma entrega total,
onde o abstrato conceito de amor
reinou soberano,
arrebatando sentimentos
que marcaram indelevelmente nossas vidas.