Segredo da EVA
Não lhe dei as flores
Que sonhei,
Nem os poemas que lhe escrevi.
Mas as tuas flores
Eu as plantei,
E os teus poemas de amor
Eu os li.
Guardei-os a sete chaves
No meu coração apaixonado.
Mas as tuas chaves
Eu as tenho guardado.
Calou-se no silencio
A voz dos meus sentimentos
Talvez tolos,
Mas sinceros.
Calou-se no silencio
A beleza dos momentos,
Simples bolos
Feitos de beijos.
Os beijos...
ah...os beijos!
Quedaram-se frágeis
Na palidez dos lábios
Que desconheceu o calor
Da sua boca.
Os beijos...
ah...os beijos!
Foram passos agéis
De amantes sábios
Que num momento de amor
Te deixaram louca.
E meus versos
Ficaram soltos ao vento,
No sabor louco do
Inconsequente sentimento.
E meus versos
Te falaram daquele sentimento
Mas diziam pouco do
Significado do momento.
Eles não podiam exprimir
Todo o amor
Que estava a sentir...
E assim ficámos como loucos
Naqueles passos sábios
Em que como loucos
Descobrimos nossos lábios.
Eva de Fátima & FrancisFerreira