Liberdade Vigiada, Não.
Há quem cala e somente sente
O demente acto da submissão
E neste gesto inconsequente
Torna-se cúmplice da objecção
Não, eu não me calarei,
Não aceitarei a submissão,
Contra ela eu lutarei,
Com toda a minha convicção.
Coadjuvante das lamentações
Reprime no coração o medo
Onde liberdade é um brinquedo
Que faz do segredo voz de prisão.
Lamurias não me ouvirão,
Eu mim não verão medo,
Quero liberdade como condição
Afirmada e não um segredo.
O olhar impregnado de anseio
Oculta a inclemência do acto
Fazendo jus ao anonimato.
Controlarei a ansiedade,
Mas não me verão a esconder,
Assumindo os actos que cometer.
Misterioso ver sem nada crer
São pagas, do viver o enredo,
De viver livre como cidadão.
Lutarei pela liberdade,
Sem temer a ninguém ou nada
Denunciando a liberdade vigiada.
Maria Nelci & FrancisFerreira