A LIBERTINA
Posso retrair-me ao querer mostrar-me
E se assim, o fizer, não me controlo
Por fora brisa, dentro tempestade
Fervor intenso dos pés ao colo
Posso retrair-me ao querer mostrar-me
Com medo dos olhares dos curiosos
E a contradição é o que me retrata
E me esconde perante outros olhos
Posso explodir se certo me tocas
Pois no teu tocar eu me desvario
Descontrolo-me e não tem jeito
Sussurro, mordisco, sorrio
Mas não te assustes se depois te ignore
Vivo o agora, o prazer, o momento
E não tentes mudar-me a essência
Para teu simples contentamento
Não serás o último, nem o primeiro
Que me saceia o aqui, o agora
Sou cantora que aos teus ouvidos
Dito a nota e vou embora.
Autoria de: Alex M. Tavares e Mariana