A LIBERTINA

Posso retrair-me ao querer mostrar-me

E se assim, o fizer, não me controlo

Por fora brisa, dentro tempestade

Fervor intenso dos pés ao colo

Posso retrair-me ao querer mostrar-me

Com medo dos olhares dos curiosos

E a contradição é o que me retrata

E me esconde perante outros olhos

Posso explodir se certo me tocas

Pois no teu tocar eu me desvario

Descontrolo-me e não tem jeito

Sussurro, mordisco, sorrio

Mas não te assustes se depois te ignore

Vivo o agora, o prazer, o momento

E não tentes mudar-me a essência

Para teu simples contentamento

Não serás o último, nem o primeiro

Que me saceia o aqui, o agora

Sou cantora que aos teus ouvidos

Dito a nota e vou embora.

Autoria de: Alex M. Tavares e Mariana

POETA URBANO
Enviado por POETA URBANO em 10/11/2007
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